C4-Clube.com

[Sergitow]

Esse problema de qualidade nos carros tem sido alvo de muitas matérias no mundo automobilístico. Muitas mesmo... até volvo e ferrari fizeram recall. Honda já fez dois no modelo anterior do honda fit. Esté generalizado. Com essa corrida para lançar novos modelos, com caras novas, novos desenhos, novos equipamentos, etc os setores de qualidade têm tido problema para realizar os testes efetivamente nos produtos. A menos que o carro empreste muito do anterior, ele está propenso a uma série de defeitos. O civic sempre reaproveita o que tinha, corolla faz o mesmo (até esse último, que mudou bastante), golf vai na mesma linha... e por aí vai. Como o C4 Lounge (por exemplo) é um carro bem novo e vindo de outro que tem um grande índice de reclamações constantes sobre problemas idênticos, quero crer que a Citroën teve o cuidado de "limpar" esses problemas para o novo modelo, que, se vier com um bom pós-venda, vai ter chance de bater forte nos concorrentes.

[lange.falcao]

Olá Sergitow,

Obrigada pela sua opinião! Gostaria de saber se vc já teve a oportunidade de olhar/fazer o test-drive no Lounge. Ouvi dizer que a caixa de câmbio automático dele com seis velocidades não seria tão problemática quanto a AL4. Vc saberia informar algo a respeito? E no geral? Ele ficou mais bonito, confortável do que o Pallas? Pois até o momento ainda não pude vê-lo pessoalmente.

E no caso do C4? Visto que o Lounge substituiu o Pallas, será que o C4 seria substituído por um modelo, digamos assim, Lounge "hatch"? Em quanto tempo?

Até mais!

[Sergitow]

Olá Sergitow,

Obrigada pela sua opinião! Gostaria de saber se vc já teve a oportunidade de olhar/fazer o test-drive no Lounge. Ouvi dizer que a caixa de câmbio automático dele com seis velocidades não seria tão problemática quanto a AL4. Vc saberia informar algo a respeito? E no geral? Ele ficou mais bonito, confortável do que o Pallas? Pois até o momento ainda não pude vê-lo pessoalmente.

E no caso do C4? Visto que o Lounge substituiu o Pallas, será que o C4 seria substituído por um modelo, digamos assim, Lounge "hatch"? Em quanto tempo?

Até mais!

Lange,

Andei, sim, na versão THP. Como a Citroën daqui fez uma besteira gigantesca comigo, e sabem que eu vou pedir a troca do carro por outro, estão me tratando a pão-de-ló. Me convidam para tudo, me "deram" milhas no smiles... um monte de coisa.

O que senti do carro, no geral, foi ele mais silencioso, a suspensão é bem menos barulhenta, a direção é mais suave, e você encaixa melhor no banco, mas o carro é bem menor, um pouco mais apertado, porque as dimensões são inferiores. Também não tem tanta sofisticação, já que ele passa a ter um tom mais conservador. Achei o câmbio bem acertado, e o carro responde muito bem, bem diferente do atual C4, com esse câmbio de quatro marchas. Ficaria muito mais divertido se tivesse a opção de troca por alavancas atrás do volante. Gostei muito do ar-condicionado, que o modo automático tem três "opções", sendo a primeira primando pelo silêncio, a segunda tentando aliar conforto acústico com o térmico, e o terceiro desprezando o conforto acústico e só olhando o térmico.

Como o câmbio novo é da AISIN (que faz o câmbio da maioria dos carros japoneses) creio que vai ser bem menos problemático.

A versão hatch deve ser lançada até o primeiro semestre do ano que vem. Deve vir exatamente igual à versão sedã, só que com o porta-malas menor, e respeitando a identidade visual do DS4, que é o seu primo mais "esportivo", a exemplo do que ocorria com o C4 VTS e o C4 hatch simples.

[lange.falcao]

Gentileza sua em responder e me permita alguns outros questionamentos, por favor:

1. Então, tendo experimentado ambos os veículos (Pallas e Lounge), vc trocaria o irmão mais velho pelo mais novo?

2. No caso do lançamento da versão hatch do Lounge para substituir o C4 (em alguns meses), que no meu caso está financiado, seria possível uma troca futura de um pelo outro, com o refinanciamento junto ao banco psa?

3. No caso de um veículo recém-lançado, seria uma boa escolha trocá-lo pelo meu C4 (praticamente novo)?

Obrigada e até mais.

[Sergitow]

Gentileza sua em responder e me permita alguns outros questionamentos, por favor:

1. Então, tendo experimentado ambos os veículos (Pallas e Lounge), vc trocaria o irmão mais velho pelo mais novo?

2. No caso do lançamento da versão hatch do Lounge para substituir o C4 (em alguns meses), que no meu caso está financiado, seria possível uma troca futura de um pelo outro, com o refinanciamento junto ao banco psa?

3. No caso de um veículo recém-lançado, seria uma boa escolha trocá-lo pelo meu C4 (praticamente novo)?

Obrigada e até mais.

Sempre às ordens. Vou tentar não fugir muito do tema principal do post:

1 - Trocar o mais antigo pelo mais novo sempre tem algumas vantagens e, em alguns casos, desvantagens. Gosto muito do C4 atual (os nossos), e acho que ele ainda é um carro muito bonito, com soluções muito elegantes, como os mostradores digitais no centro do painel, cubo fixo de direção, soluções estéticas, etc. Não gostei da fuga a esse padrão que o modelo novo trouxe. Confesso que não sei se vou me adaptar logo ao mostrador analógico (apesar de ele ter alguns digitais, são muito menos informações digitais do que analógicas). Venho de um C3 antes do C4 e o mostrador digital está em minha vida por mais de 5 anos. Difícil de abandonar.

2 - O Contrato de alienação fiduciária (CDC) não comporta mudança do bem como era o caso do arrendamento mercantil (leasing) - em desuso atualmente. Dessa forma, para que você consiga trocar o atual pelo novo, deve haver a venda, quitação do saldo devedor, e compra do novo modelo. Essa quitação do saldo devedor deve ser precedida do abatimento dos juros.

3 - Eu sempre prefiro ver como um carro novo se comporta no mercado. Lançamento, atualmente, pode significar mais dor de cabeça do que carro com histórico de mercado, basta ver o tanto de recalls que a gente vê por aí (trazendo a conversa de volta ao tema do post). No mercado nacional, quanto menos tempo você ficar com um carro, menos desvalorização você vai ter. Então, se o seu carro é muito novo, vendê-lo para comprar o mais novo ainda vai importar numa minoração de perdas financeiras. Ainda é um mal negócio, porque, se sujar o pneu, já perde 30% do valor do carro, mas é bem menos ruim do que esperar alguns anos para fazer a troca, já que o preço do zero tende a cair (ou subir) muito menos do que o valor do seu carro cai. Tudo depende do esforço financeiro que você pretende fazer. O ideal é ver quanto se paga pelo seu carro no mercado atual e tentar vendê-lo para fazer a compra do novo modelo, se esse for o seu plano. Vi, pelo seu cadastro, que o seu C4 é o competition. Ele tem uma peculiaridade que, infelizmente, é fator de desvalorização: o ano dele é identificável pelo modelo. Cor, série especial, etc, que se restrinjam a um ano (e o seu foi o modelo de "despedida" do C4 hatch) tendem a impactar ainda mais a desvalorização do carro. Nem tanto no seu carro porque indica o último ano do modelo, ou seja, ele é o mais novo daquele tipo. Se você puder arcar com a diferença de preços de um novíssimo para o que você tem, vá em frente, porque, quanto mais tempo passar, mais difícil vai ser a troca. No entanto, você faz isso sabendo que corre um risco maior de ser "bucha de canhão" e sair abrindo caminho num produto novo, ainda não totalmente testado no mercado nacional, que pode ser mais problemático que o atual e ter uma maior rejeição ainda de mercado.

Espero ter tirado todas as suas dúvidas.

[lange.falcao]

Tirou sim Sérgio, e obrigada novamente!

Eu também gosto muito mais dos mostradores digitais e acho os do C4 muito legais. Lembro-me que quando o Pallas foi lançado e eu via um na rua ficava doida pra tentar enxergar o mínimo que fosse do interior do carro. Também gosto muito do design e do interior dele. Creio que tudo é questão de gosto e não entendo o porquê quando a, b, ou c criticam um veículo apenas pelo design. Pois acredito que cada um tem um gosto diferente e o que pode ser bonito pra mim com certeza pode não ser para terceiros.

É bom saber e "conhecer" alguém (perto) que possua um C4. E que tb entenda bastante dele. Eu fico um pouco chateada com a diferença de tratamento que as css's dão - venda/pós-venda - aos clientes, com a quantidade de problemas mecânicos relatados pelos proprietários (cada vez mais tenho a certeza de que o C4 é mesmo muito problemático) e com relação a desvalorização não me preocupo muito pois quando gosto de um carro, fim de papo. Afinal de contas, meu intuito não é viver da compra/venda de autos.

E mais ainda, me chateio com pessoas que nunca tiveram um Citroën e só sabem criticar, justificando "ah, um amigo meu me disse..." Acho que não cola. Mas ainda assim, me chateio.

Até mais.

[Sergitow]

Eu digo muito que carro é sorte. Eu já tive um zero que me deu muita dor de cabeça. No primeiro ano, quase a metade do valor dele teria sido gasta com peças e mão de obra para consertar os problemas que ele teve.

Gosto muito de Citroën. Desde o C3, que tive antes, já comecei a me interessar muito mais pela marca. Já tive vários carros, de várias marcas, desde cedo na vida, e a Citroën é a que mais me agrada atualmente. O grande defeito é o pós-venda, que é no que Honda e Toyota se pegam para ter clientes satisfeitos. Com a iminente quebra do grupo PSA na Europa, creio que a estratégia seja a mesma da GM (que quase quebrou em 2008), de se voltar para os mercados emergentes, como Brasil e China, e ganhar consumidores aqui. Como Citroën é um carro muito malsinado quanto ao pós-venda, creio que a grande mudança seja exatamente reverter isso, e, daí, o trabalho vai ter que ser imenso, para recuperar uma reputação dão em baixa. Espero que isso nos beneficie.

Sabe o que mais me agrada nos carros da Citroën? Têm muito mais coisas por menos preço. Geralmente é o melhor custo/benefício se você tirar da equação o pós-venda. E SEMPRE vai ter mais tecnologia embarcada do que os concorrentes diretos. O peso negativo (que justifica o preço muito mais baixo) é justamente a marca. Se a estratégia da PSA for reverter a reputação, teremos um período de ótimo pós-venda pelos mesmos preços atualmente praticados.

Mas, alinhando o discurso ao tema principal, não acho que o problema mesmo seja que tenhamos carroças. Isso é sintoma. O mal é que pagamos MUITO caro pelos nossos carros. Isso faz com que carros feitos no Brasil para serem vendidos lá fora sejam melhores do que os carros feitos no Brasil para serem vendidos aqui dentro. O C3 mesmo era assim: feito em Porto Real, no Brasil não tinha opcionais como o câmbio automatizado com sistema start-stop, controle de cruzeiro e limitação de velocidade, controles de rádio na própria direção (era um controle satélite ao lado do volante). E isso era porque, se o carro fosse vendido no Brasil, ele teria preço de categoria superior, então, ficaria encalhado, gerando prejuízo. Essa é a nossa triste realidade.

[lange.falcao]

Sérgio, como de costume seus esclarecimentos são fonte de novas informações pra mim.

Gostaria de saber como foi sua experiência com o C3 e com algum outro modelo Citroën que por ventura vc tenha tido, por favor.

Eu não sabia dessa questão da dissolução do grupo PSA na Europa. O que isso poderia acarretar em termos de assistência técnica e lançamentos por aqui?

Eu estou há muito pouco tempo com o carro. Como rodo pouco e este é meu primeiro Citroën não posso emitir uma opinião tão bem estruturada e fundamentada quanto a sua e a de outros usuários deste fórum, mas devo confessar que até o presente momento estou satisfeita e o veículo me agrada, tanto no visual, no conforto, no estilo, quanto no prazer ao dirigir etc e tal. Achei mais confortável do que os outros que tive da Ford, Volkswagen e Fiat. E sim, mais barato do que eles em relação ao pacote tecnológico oferecido. E verdade seja dita, o atendimento na pré-venda (e eu não tinha sequer a certeza de ficar com ele) foi excelente por parte da consultora de vendas e por parte do gerente também. Quero ver agora quando completar um ano de uso para a primeira revisão ou se precisar da assistência técnica.

A marca sempre me chamou a atenção pelo design diferenciado, especialmente pelo painel de instrumentos (que é o que mais me agrada). No dia em que fechei o negócio pedi a consultora pra olhar o C4 Picasso (custava cerca de R$ 86.000,00) e em seguida o DS4 (por aprox. R$ 100.000,00). Se estivessem dentro da minha faixa orçamentária com certeza teria optado por um deles. O Picasso é uma casa espaçosa e tecnológica sobre rodas e o DS4 achei um luxo só. Mas quem sabe um dia?

Mais uma vez, muito agradecida por sua boa vontade e paciência em ler o post e por suas respostas excelentes. Ah sim, e peço desculpas pelas longas mensagens e indagações. Tenha um bom feriado e um ótimo fim de semana. Há tempos que não visito Recife e quando puder vou matar as saudades dessa cidade maravilhosa.

Como disse Alceu Valença: "Voltei, Recife/Foi a saudade/Que me trouxe pelo braço..."

Tudo de bom!

[Sergitow]

Olha, o meu C3 foi só alegria. A única coisa que deu alguma dor de cabeça foram os coxins da suspensão dianteira, que, uma vez quebrados, troquei por "paralelos", que ficavam quebrando a cada 3 meses. Depois de 4 quebras (de cada) troquei por um original. De resto, só se algum serviço fosse mal feito (como já aconteceu, de deixarem a mangueira do combustível meio solta e o carro morrer numa aceleração mais forte).

O grupo PSA não quebrou, mas está sofrendo sérios prejuízos financeiros na Europa, então, para não ter prejuízo global, tem que se voltar para outros mercados mais promissores. Foi isso o que quis dizer quando comentei esse fato.

Não precisa se desculpar: grande parte do conhecimento que tenho eu adquiri aqui no Fórum e seria, no mínimo, uma obrigação compartilhar, mas eu o faço com prazer, porque quem gosta de Citroën gosta de falar bem da marca e dos carros (apesar de também gostar de falar mal quanto aos defeitos).

E venha mesmo, porque todos sempre são muito bem-vindos em Recife. A cidade tem uma população muito acolhedora.