O QUE DEU ERRADO COM O i30
À Editor Abril S/A
A/C Srs.
Waldez Amorim
Autodefesa
Revista Quatro Rodas
Sandra Hadich
Atendimento ao Leitor
Revista Quatro Rodas
Longe de mim querer me passar por especialista no assunto, sou apenas um cidadão ciente de meus direitos e indignado com a postura da Hyundai no Brasil em relação ao modelo do i30 importado por eles para o mercado nacional, do qual sou um infeliz proprietário.
Dito isso, esse relato trata-se tão somente de minha opinião e de conclusões a partir de pesquisas e conversas com especialistas bem mais gabaritados do que eu.
O erro da Hyundai na comercialização do i30 começa na sua importação, no mundo inteiro esse carro é comercializado completo, pelo menos no que tange aos seus sistemas de segurança, como ABS e controle de estabilidade, ocorre que por questões de redução de custo a Empresa optou por suprimir um item básico, o controle de estabilidade, item esse que é crucial para um carro cuja plataforma e conceito prevê sua instalação.
Quando a Empresa toma essa decisão assume o risco de vender um carro com defeito e que pode causar acidentes, portanto assume o risco de mortes.
Outro erro da montadora foi compará-lo a modelos muito superiores e com outro conceito de mercado como o BMW Série 1, e outras conceituadas marcas, as quais nunca se submeteriam a retirada de itens de segurança de seus veículos, um Audi é um Audi na Alemanha e na Somália, uma Mercedes Benz é uma Mercedes aqui no Brasil e também na Bolívia, podem variar acessórios opcionais, mas motorização e segurança são inegociáveis, tornando essas Empresas respeitáveis perante o mercado mundial, o que a Hyundai fez foi no mínimo propaganda enganosa, prevista no Código de Defesa do Consumidor.
Para ser franco, não acho que esses carrões eram o alvo da Hyundai e sim os nacionais Focus e Vectra GT, configurando aí outro erro, o da concorrência desleal uma vez que esses veículos a princípio têm um preço similar e não foram alijados de seus equipamentos de segurança para o qual foram projetados, são produzidos aqui e tem que engolir a malandragem dos Coreanos que pensam estar vendendo carros aos “Tupiniquins”......
Ocorre que o sistema se ABS do i30 sem o controle de estabilidade não funciona de forma adequada causando uma frenagem excessiva nas rodas traseiras onde não há peso no veículo (apenas um porta malas geralmente vazio), e que fica enviando fluido de freio intermitentemente para cada uma das rodas traseiras, causando assim, um balaço traseiro perigoso e que impossibilita o condutor de efetuar manobras de desvio de obstáculos, também levando o veículo a um descontrole que em determinadas situações pode ser fatal.
A colocação de válvulas de retenção nas rodas traseiras experimentados por mim, apesar de melhoras substancialmente a frenagem e fazer com que o sistema de ABS solucione essa intermitência e reduza a frenagem de 70% no eixo traseiro, para algo em torno de 57% (confirmado por laudo do INMETRO) me parece mais adequada, mas me foi negado pela montadora alegando “descaracterizar o funcionamento do veículo”.
Como já disse não sou engenheiro, nem especialista na questão e acho sinceramente que o caso carece de estudos, o que não dá é para deixar como está e esperar que pessoas sofram acidentes desnecessários.
No meu caso venderam o carro errado ao cara certo, o cara certo para ficar indignado o suficiente a ponto de se inteirar sobre o assunto e “botar a boca no trombone”.
Altair Bergoli Junior
Chassi do veículo: KMHDO51EAAU201570
Concessionária CAOA Caxias do Sul -RS
Altair Bergoli Junior
Diretor- Alber Alimentos Ltda.
De: 4Rodas Abril [mailto:
4Rodas.Abril@atleitor.com.br]
Enviada em: quarta-feira, 31 de março de 2010 10:23
Para: junior
Assunto: Quatro Rodas - Atendimento ao Leitor
Junior,
Se seu automóvel ainda está na garantia de fábrica e, caso queira que enviemos sua reclamação para a montadora, por favor, siga as instruções abaixo.
Você pode reenviar o relato do problema em seu automóvel para este mesmo e-mail acrescentando nome completo, todas as formas disponíveis para lhe contatar, nome da concessionária envolvida e todos os dados do veículo em questão (nº do chassi, placa, data da compra, modelo, etc.)
Avaliaremos as informações contidas e encaminharemos à montadora com nosso pedido de atenção ao seu caso. Vale lembrar que a revista Quatro Rodas faz apenas um "elo" entre leitor e montadora, portanto, não temos poder de lei. Para casos mais complexos, sugerimos que procure os órgãos competentes.
Não deixe de enviar o relato, pois é a partir dele que as montadoras saberão qual é o seu problema. Somente os dados do carro são insuficientes, Junior.
Gostaríamos de salientar que seu relato é passado aos nossos editores que, elaboram novas matérias em especial na seção Autodefesa.
Atenciosamente,
Sandra Hadich
Atendimento ao Leitor
Revista Quatro Rodas