Pessoal, axei um toxico na net interessante...
vide:
http://www.ccdob.com.br/forum/index.php?showtopic=2701
Bom dia.
Infelizmente me deparei com mais um tópico recheado de mitos e medos gerados por pessoas que simplesmente desconhecem o tema.
Pessoal, desculpem-me, mas quem diz que "GNV é gambiarra", "GNV estraga motor", "GNV é seco e não 'lubrifica as válvulas'", "GNV esquenta muito o motor" e outras besteiras repetidas exaustivamente até o convencimento, está absolutamente e completamente enganado.
Primeiro, que GNV não é nenhuma gambiarra. Por isso que se chama "GNV", "Gás Natural Veicular", ou seja, é um combustível completamente projetado para carros comuns, motor ciclo otto, sem nenhum dano ao motor e nem ao veículo.
Segundo, "Gambiarra" é o que a grande maioria faz ao levar o carro a uma oficina boca-de-porco para instalar o kit. Mas não é só na instalação de GNV que existem gambiarras:
- tem a gambiarra de tuchar módulos amplificadores e boosters com sub-woofers no carro,
- tem gambiarra de trocar lâmpada de 55W por lâmpada de 100w sem preparar o circuito elétrico do carro,
- tem gambiarra de furar o painel pra colocar GPS,
- tem gambiarra de rebaixar cabeçote pra aumentar a compressão,
- tem gambiarra de ficar completando óleo ao invés de consertar o vazamento,
- tem gambiarra de abastecer o carro em posto baratinho (e recheado de solvente não identificado),
- tem gambiarra de reduzir odômetro pra vender o carro mais fácil (essa é clássica)...
gambiarreiros existem aos montes, não me venha falar que " instalar GNV é gambiarra", por que não é.
Pouco importa ao motor do carro qual o combustível você usa, desde é claro que seja um combustível e que este combustível produza resíduos que o motor possa "tratar", além da capacidade deste combustível de resistir à detonação. Por isso, o GNV é muito mais avançado que a gasolina e que o álcool, por duas características bem simples:
1 - O GNV tem a capacidade muito maior de resistir à detonação do que o álcool. Comparado à gasolina então, nem há o que falar!
2 - O GNV é gás, puro e simples. Não há absolutamente nenhum componente sólido no gás, o que promove o trabalho sempre limpo do motor. O GNV não deixa resíduos na câmara de combustão, por isso que carros a GNV, devidamente utilizados, possuem cabeçote limpo, sedes das válvulas sem borra e óleo do motor também sem borra.
O que se deve fazer é, no momento da instalação, fugir dos instaladores gambiarreiros, porque qualquer imbecil pode estragar seu carro. E, depois de instalado, a regra básica é não deixar a gasolina não utilizada envelhecer no seu tanque, porque gasolina tem validade, o que não passa de algumas semanas.
Existem sim muitos carros que vão parar na oficina, e daí o "mechânico" que não sabe patavinas de carro solta a pérola dele: "olha, o cabeçote tá cheio de borra por causa do GNV". Gente, pense um pouco: GNV é gás, não tem componentes sólidos, como raios ele pode deixar borra no cabeçote? O que ocorre é que, ao deixar a gasolina envelhecer no tanque, o proprietário acaba usando gasolina velha e fora da especificação, com componentes vencidos que não queimam e se acumulam nas válvulas. Não é o GNV, é a gasolina velha. Por isso, se o carro for a GNV, ou você deixa pouca gasolina no tanque (cerca de 1/4) e usa esta gasolina em até 1 mês, ou então enche o tanque e usa um pouco por dia, como por exemplo em subidas mais íngrimes. Outro motivo, quando o carro vai para a oficina e o mesmo "mechânico" põe a culpa no GNV porque o motor quebrou. Daí você vai ver a KM do carro, e ele tem 200, até 300 mil Km. Lembrem-se: normalmente o consumidor do GNV é quem roda MUITO. e é claro que carro que roda muito tem manutenção em tempo menor.
Aliás, por falar em subidas íngrimes, é certo e sabido que o GNV possui relação de explosão diferente da gasolina e do álcool, por isso o torque do motor fatalmente fica menor em cerca de 15%. Mas o GNV é um combustível voltado à economia e à menor poluição, e não ao grande torque. Se precisa de torque imediato, comute para gasolina, e depois retorne para o GNV. Fácil assim.
Eu uso GNV desde o meu terceiro carro, um Ford Escort 1998 Zetec 1.8. Comprei-o com 70000Km, instalei o kit com 75000Km e vendi o carro com 290000Km. A manutenção mais pesada que fiz foi uma limpeza no cabeçote, aos 250.000Km, porque já estava com as válvulas desbalanceadas e fora da especificação. Ficou R$1200,00, e deixou o motor novo!
Vendi o Escort e comprei um Ford Ka 2004. Coloquei o GNV também, sem problemas. Vendi o carro 2 anos depois porque ficou pequeno para mim, e peguei um Ford Focus, que também coloquei kit GNV. Vendi 1 ano depois porque a Citroën me ofereceu um Pallas 2008 zero km em uma ótima oportunidade. Rodei o Pallas até os 25.000Km na gasolina, com medo da garantia, mas me enchi e taquei o GNV. Hoje o Pallas está com 145.000Km, rodando todos os dias com GNV, e nada de problemas por causa do GNV. A manutenção mais pesada vou fazer agora, que é a troca do anel sincronizado e da engrenagem da quinta marcha, porque eu danifiquei ao deixar a alavanca arranhando a quinta durante uma modificação no meu rádio (deixei o carro ligado e encostei na alavanca, que ficou aranhando a quinta por uns 3 minutos). Motor? Absolutamente nada para fazer no motor. Aliás, de motor, troco o óleo e filtro a cada 10.000km, e todas as vezes desde os 40.000Km (depois que foi convertido para GNV) o óleo sai limpo, mostrando que o motor não tem sinais de borra.
Outra coisa: GNV não é "coisa de brasileiro", é simplesmente o combustível verde mais utilizado na Europa, onde os carros já saem com o kit de conversão da concessionária. Aqui na América do Sul os pioneiros do GNV foram os argentinos. Nos EUA e Canadá, a Honda tem o New Civic GNV, que simplesmente não usa nenhum outro combustível exceto GNV. É muito desolador alguém vir deturpar a informação com "achismos", ainda mais falando de forma pejorativa "isso é coisa de brasileiro".
Mais informação e menos pitaco é o que todos precisam.
Checov