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Teste: andamos no Citroën DS4 que chega ao Brasil em 2012
Enquanto a estreia do Citroën DS4 só está marcada para o início 2012, no Brasil, tivemos a oportunidade de testar o carro na Espanha através do nosso parceiro Diariomotor. O DS4 é baseado no C4, mas tem como diferenças as dimensões: 4,27 metros de comprimento (4,29 m no C4), 1,81 metros de largura (5 cm mais largo que o C4) e 1,53 metros de altura (4 cm mais).
Apesar de ter cinco portas, o Citroën DS4 nos leva a pensar nele como um cupê esportivo, com uma linha lateral muito marcante e uma cintura verdadeiramente muscular. Por dentro, o espaço é melhor para quem anda atrás, coisa rara hoje em dia, pois a posição de direção á muito alta, quase igual a de um SUV compacto. A intenção foi dar ao motorista visão total do que acontece na pista para que ele acelere mais.
Isso acaba por não funcionar tão bem, já que o carro é alto e a rolagem da carroceria causa uma sensação de pouca esportividade, justamente o contrário da ambição. Ainda assim, no quadro geral, o DS4 é um carro atraente, com destaque para as belas rodas de 19 polegadas.
A percepção da qualidade no interior também é óbvia, e ele parece um sedã de luxo alemão, em vez de um francês compacto. Há alguns pecados como o revestimento da porta com um plástico duro, mas com a mesma textura do painel, bastante suave ao toque. Apesar das aspirações esportivas, os bancos da frente pecam no ajuste lateral e na densidade da espuma, muito estreita.
Deixar o celular, carteira, óculos ou qualquer outra coisa que carregamos em nossos bolsos não é grande coisa para o Citroën DS4. Tanto as portas quanto o console central têm porta-objetos de dimensões generosas. No apoio de braço central dos bancos da frente, uma tomada 220 V muito útil para carregar um celular enquanto viaja. A profundidade deste espaço também é suficiente para armazenar grandes objetos, mas falta um acabamento emborrachado para evitar os barulhos.
Na hora de ver o desempenho, optamos pela versão com motor 1.6 THP de 156 cv e câmbio automático sequencial de seis velocidades, o mesmo conjunto que equipa o Peugeot 3008 no Brasil. E o desempenho é não menos que fantástico. Como pesa 1.320 kg, 340 kg a menos que o 3008, o DS4 chega a 120 km/h num piscar de olhos e basta deixar de prestar atenção no velocímetro por um instante para estar a 200 km/h e sem muito sacrifício. A resposta do motor é sempre vigorosa e o câmbio é muito rápido e preciso, mesmo nas retomadas e descidas de marcha para ultrapassagens. Se em alguns aspectos de pretensa esportividade o DS4 não se sai tão bem, no que importa mesmo, que é o motor, o carro simplesmente dá show.